Minipílula
Informações sobre o método de controle de natalidade com a minipílula

Existem, hoje, muitas opções interessantes de métodos contraceptivos para a mulher que deseja se precaver da gravidez. A pílula anticoncepcional composta e a camisinha são as alternativas mais conhecidas, mas a minipílula é um dos métodos contraceptivos mais utilizados no mundo desde que foi criada em 1970.

Revisado por Mike Canto
Académico de medicina na Universidade Federal de Uberlândia (Famed UFU)
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O que é a minipílula?
A diferença da minipílula em comparação com a pílula tradicional (composta) é que a minipílula só possui um hormônio – progesterona. Ela não tem, portanto, estrogênio em sua composição.
Isso faz com que ela tenha efeitos colaterais muito mais leves que outros métodos contraceptivos que utilizam dois hormônios, e que ela seja de mais fácil adaptação, uma vez que causa pouco ou nenhum desconforto nenhum na maior parte das usuárias.
Assim como a pílula composta, a minipílula deve ser usada por três semanas ininterruptamente. Durante a semana de pausa, ela continua a prevenir a gravidez com igual eficácia.
Como a minipílula funciona?
A minipílula funciona de maneira semelhante a outros métodos contraceptivos hormonais.
Ela torna o muco vaginal mais denso, dificultando, assim, a chegada de espermatozoides ao óvulo; ela diminui a mobilidade nas tubas uterinas, dificultando a fertilização; ela torna as paredes do útero mais finas, dificultando a fixação do óvulo em uma eventual fecundação.
Em alguns casos, a minipílula também impede a ovulação, mas ao contrário de outros métodos contraceptivos, como a própria pílula anticoncepcional composta, esta não é uma de suas principais funções. A usuária precisa ter isso em mente na hora de escolher o melhor método contraceptivo, uma vez que muitas mulheres também usam a pílula para regular o ciclo menstrual. Falaremos mais sobre isso a seguir.
Quais são as vantagens da minipílula?
A minipílula oferece muitas vantagens e comodidades em relação a pílula composta e outros métodos contraceptivos.
Ela possui uma quantidade significativamente menor de efeitos colaterais em comparação a outras alternativas hormonais; ela pode ser utilizada por mulheres em fase de amamentação, o que não acontece com outros métodos contraceptivos hormonais; ela pode ser usada por mulheres de qualquer idade; ela pode ser usada por fumantes; por mulheres com problemas de pressão; e ela alivia os sintomas da tensão pré-menstrual.
É preciso levar em conta que a minipílula pode ser usada por um grande grupo de mulheres que não podem utilizar métodos contraceptivos hormonais tais como a pílula composta, o anel vaginal, o adesivo contraceptivo, etc.
As mulheres que não podem utilizar os métodos acima descritos devem consultar um especialista para verifica a possibilidade do uso da minipílula.
Quais são as desvantagens da minipílula?
Algumas das desvantagens na minipílula são: ela não regula a periodicidade e o ciclo da menstruação, como fazem as pílulas compostas e outros contraceptivos hormonais; ela é ligeiramente menos eficaz que a pílula composta (2%); ela nem sempre é capaz de prevenir gravidez ectópica; ela não é tão eficaz em mulheres que pesam mais de 70kg; ela tem que ser ingerida todos os dias no mesmo horário.
As minipílulas de marcas mais recentes tem um período maior de flexibilidade podendo ser tomadas com até 12 horas de atraso no dia subsequente, mas isso só deve ser feito em último caso e pode reduzir a eficácia da mesma.
A minipílula é eficaz?
A minipílula é, como já foi dito anteriormente, é ligeiramente menos eficaz que outros contraceptivos hormonais – como a pílula composta, o anel vaginal, o adesivo contraceptivo – mas ainda assim, ela é um dos métodos mais eficazes disponíveis para a prevenção da gravidez.
A eficácia média da minipílula é de 97% (o que a torna mais eficaz, por exemplo, que o DIU, ou preservativos), mas as versões de marcas mais recentes chegam a ter eficácia ligeiramente maior se usadas nos intervalos corretos (rigorosamente no mesmo horário).
Quando usado em conjunto com preservativos (o que é indicado especialmente em casos de sexo casual), configura uma proteção virtualmente perfeita para a prevenção da gravidez.
É preciso levar em conta, no entanto, uma série de fatores que podem interferir na eficácia da minipílula e que devem ser observadas atentamente. Alguns medicamentos podem interferir em sua eficácia (verifique com o seu médico ginecologista) bem como episódios de vômito ou diarreia.
Outra questão que deve ser levada em consideração é o fato de que algumas medicações interferem na eficácia do adesivo de modo que nenhum fármaco deve ser tomado sem o conhecimento do seu médico. Segue a lista de alguns tipos de medicamentos que reconhecidamente interferem no efeito do adesivo: antibióticos, remédios para epilepsia, tuberculose e HIV.
Efeitos colaterais da minipílula
Os efeitos em curto prazo da minipílula são facilmente toleráveis e geralmente desaparecem ao longo das primeiras semanas de uso.
Este é considerado o método hormonal com menos efeitos, e embora a maioria das mulheres não apresente nenhum sintoma, há relatos das seguintes reações adversas: dores de cabeça, sensibilidade nos seios, náusea, espinhas, entre outros. A longo prazo, estudos sugerem que mulheres que fazem uso deste método são ligeiramente mais propensas a desenvolver cistos no ovário, e por essa razão, recomenda-se acompanhamento ginecológico regular.
É seguro usar a minipílula?
A minipílula é considerada o métodos contraceptivo hormonal mais seguro para a maioria das mulheres, com algumas restrições que estão listadas a seguir: ela não deve ser tomada se por mulheres que sofrem de sangramentos vaginais não diagnosticados; que tem doenças arteriais graves; que tem tumores ou câncer no fígado; que sofrem de porfiria; que já tiveram câncer de mama; que pesam mais 70kg.
Mulheres que já tiveram uma gravidez ectópica devem consultar seu médico para saber se podem fazer uso da pílula.
Se a pessoa tiver qualquer um destes problemas, não é recomendável o uso da minipílula. Mesmo as mulheres que não apresentam nenhuma destas condições devem consultar um médico ginecologista antes de começar a usar o anel.
É preciso lembrar, no entanto, que muitas mulheres que não podem fazer uso de outros contraceptivos hormonais estão liberadas para fazer uso da minipílula. São elas: mulheres que estejam amamentando; mulheres que tenham problemas de pressão, ou que sejam fumantes; e mulheres com mais de 50 anos.
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